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  1. Lista

    17 de fevereiro de 2011

    Resolvi fazer listas. A gente sempre faz listas do tipo “as melhores músicas que eu já ouvi”, “os melhores lugares onde eu fui”, “os melhores amigos (do momento)”, “as melhores festas da minha vida”, livros... Enfim, temos a necessidade de classificar. É humano e faz bem. Ajuda a definir padrões, mesmo que eles sejam apenas momentâneos. “Todas as pessoas classificam, porque classificar é uma ordem de raciocínio”, diz a teoria. E resolvi ordenar um pouco as minhas paixões. Começo pelo cinema – primeiro o internacional – pelo qual sou um aficionado convicto e confesso. Não é uma lista definitiva, e sempre pode haver mudanças, dependendo do momento da classificação. Era pra ser um Top 10, mas não queria ordenar e no fim das contas acabei selecionando 11 filmes.

    Matrix – A trilogia: começo com esse novo clássico da ficção científica. Filmaço que inovou nos efeitos especiais. Dizem os críticos que apenas o primeiro filme foi bom porque trouxe vários questionamentos filosóficos sobre a sociedade líquida. Eu discordo. A “filosofia Matrix” foi muito bem explorada no primeiro filme e continuar aprofundando o que já estava profundo nos outros dois poderia tornar a história repetitiva, além disso, já no primeiro filme dava pra ter idéia do rumo que o roteiro ia nos levar.

    O Senhor dos Anéis – A trilogia: trilogias precisam ser histórias que não caberiam em duas, três horas de reprodução. E três é um bom número, quatro fica um pouco demais. Não só pela extensão da obra de J.R.R. Tolkien, mas pelo instigante conteúdo, a saga do anel não poderia deixar de ser uma. Gosto de filmes que trazem a fantasia de universos irreais e este é um épico do gênero. Sobram atos heróicos para fazer quem assiste vibrar no banco do cinema. Memorável a atuação de Andy Serkis na pele de Gollum.

    American Pie – A trilogia: Fechando a lista de trilogias, um título bem pipoca com guaraná. Contrariando as críticas mais intelectuais, o filme é um ícone do gênero “filme adolescente americano”. As situações são hilárias e num roteiro muito bem amarrado. Fora todos os clichês da sociedade colegial do Tio Sam, pessoalmente, tratou com humor vários dilemas da minha própria adolescência. As outras continuações dessa série não entram na minha lista, primeiramente porque não vi todos, segundamente porque não têm a mesma qualidade e principalmente porque não falam da mesma história com o mesmo grupo de personagens.

    Queime depois de ler: os filmes dos irmãos Cohen (Ethan Jesse e Joel David) são sempre surpreendentemente maravilhosos. Escolhi este dentre os vários deles que vejo e revejo no meu DVD (Onde os fracos não têm vez, Um homem sério, E aí, meu irmão, cadê você?...). Os caras são vanguarda no que fazem, e seus filmes sempre deixam uma sensação de incômodo. “Queime...” é uma comédia inteligente que trouxe Brad Pitt num papel diferente do usual e mostrou que o galã sabe atuar.

    Diamante de Sangue: inexplicavelmente (?!) filmes sobre jornalistas chamam minha atenção. Foi assim em Quase famosos, Todos os homens do presidente, O Informante, é assim em Diamante de Sangue. Tendo como pano de fundo o caos e a guerra civil que dominou Serra Leoa, África, na década de 1990, a película conta a história de Danny Archer, um ex-mercenário do Zimbábue que contrabandeava os diamantes de sangue (usados para financiar a compra de armas de guerra), e Solomon Vandy, um pescador da etnia Mende. Maddy Bowen é uma jornalista americana idealista que está em Serra Leoa para desvendar a verdade por trás dos diamantes. Maddy vai atrás de Archer como personagem para seu artigo, porém logo descobre que é ele quem precisa muito mais dela. Archer precisa de Solomon para encontrar e recuperar um valioso diamante rosa, porém Solomon pensa em algo muito mais precioso... seu filho. Reproduzi a descrição Wiki do filme porque não existiriam opiniões que traduzissem o quanto este filme é “valioso”. Só vendo mesmo.

    Um grande Garoto: além dos bons roteiros, filmes conseguem me encantar quando trazem uma trilha sonora que complementa cenas, falas e personagens. Um grande garoto começa e termina com músicas que emolduram toda a boa história baseada no livro do escritor Nick Hornby. O elenco tem a talentosa Toni Collette, a bela Rachel Weisz e o regular (no melhor sentido da palavra) Hugh Grant. É a história de um garoto que ensina um marmanjo a crescer. Assista a dois clipes da trilha sonora do filme no post abaixo.

    Volver: Escolhi este para falar do grande diretor Pedro Almodóvar, ostentor de uma filmografia cheia de obras-primas, como Má Educação e Mulheres a beira de um ataque de nervos, entre outros. Seus filmes são singulares porque sempre arrumam um jeito de tocar em questões tidas como tabus, principalmente em sociedades conservadoras como as de origem latina (Almodóvar é espanhol). Este filme traz a boa atriz Penélope Cruz no papel principal, da esposa que precisa se virar depois que o marido abusa da filha. Não conto mais porque o filme é surpreendente e vale a pena assistir.

    Em busca da terra do nunca: Dois dos meus atores preferidos atuam juntos neste filme: Kate Winslet e Johnny Depp. Ambos estão brilhantes nesta história que nada mais é do que a metáfora da vida do escritor James Matthew Barrie, comparada com a de seu principal personagem, Peter Pan. Na “vida real” o menino sério que queria ser adulto rápido, mas que no fundo escondia a mais infantil das crianças, vira Peter no livro. A avó rabugenta, brava e superprotetora é a metáfora para capitão Gancho, o pirata vilão. A fada sininho é o sopro de vida que o escritor tenta levar à mãe dos meninos, que no livro como na vida real, acabam virando órfãos.

    Vivendo a vida adoidado: é o típico filme “sessão da tarde”, clássico dos anos oitenta, sobre um jovem que mata aula com os amigos, passa o dia aprontando e no final não é pego. O sonho de qualquer estudande. Na mesma sacola coloco os ótimos Goonies, Mulher nota Mil e A dama de vermelho, entre outros, que fizeram a minha diversão na infância e que ainda fazem a minha cabeça.

    O Monstro: comédia engraçadíssima do ator, produtor, diretor, roteirista, palhaço e gênio italiano Roberto Benigni. Já vi três filmes deste grande artista contemporâneo, entre eles o emocionante e triste A vida é bela, e gostaria de conhecer mais de sua obra. O Monstro conta de forma irreverente a história de um ladrão barato que se apaixona por uma policial (Nicoletta Braschi, esposa de Benigni na vida real e parceira em praticamente todos os seus filmes) e, por isso, acaba sendo confundido com um estuprador-assassino em série que anda à solta pela cidade.

    Uma linda mulher: exemplar de um gênero de filmes que os americanos sabem fazer bem: as comédias românticas “mamão com açúcar”, que nem por isso deixam de ser bons filmes. Poderia citar uma série deles como Mensagem pra você, A teoria do amor, Um lugar chamado Nothing Hill, entre tantos... O filme tem Julia Roberts (ganhadora do Oscar pela consistente atuação em Erin Brockovich) no papel de uma prostituta que se apaixona por um ricaço e vive um romance digno de Cinderela. Aliás, esta é a grande sacada do filme, atualizar um velho e empoeirado conto de fadas.

  2. Dois divertidos clipes da trilha sonora do filmaço Um grande garoto (leia acima o post sobre os "melhores filmes da minha vida", até o momento). Ps.: Os clipes devem ser vistos na sequência.

  3. Religiosamente

    2 de fevereiro de 2011

    A Santa Cruz me fez crescer
    A Santa Cruz me ensinou a viver
    Um pouco mais

    Me trouxe luz, a Santa Cruz
    Me fez sentir solidão
    A Santa Cruz da paixão
    Paixões passageiras de Santa Cruz

    (Amor verdadeiro longe de lá)
    Idas e vindas de Santa Cruz
    Lugar das minhas saudades
    Agora saudosa será

    A Santa Cruz do povo unido
    Dos conhecidos de Santa Cruz
    Amigos certos de horas incertas
    Que certamente ficarão

    A Santa Cruz de Janeiro
    Por que do Rio não era
    apenas um rastro ligeiro

    As bebedeiras de Santa Cruz,
    As “forrozeiras” noites inteiras
    Os sambas (ah os sambas!)
    Lembranças boas de Santa Cruz