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  1. O fim

    26 de fevereiro de 2009

    Todo carnaval tem seu fim. E é o fim, é o fim...

  2. 18 de fevereiro de 2009

    Direto do portal Comunique-se.

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    Jornais admitem falhas na cobertura do caso Paula Oliveira

    Carla Soares Martin e Sérgio Matsuura

    Mesmo antes do fim da investigação da polícia suíça sobre o caso Paula Oliveira, jornais do Brasil admitem ter cometido falhas na cobertura. O suposto ataque de neonazistas contra a brasileira foi primeiramente noticiado pelo Blog do Noblat, e repercutido por praticamente toda a imprensa do País.

    “Eu acho que a Folha foi mal como todos os outros jornais e veículos de comunicação. Foi precipitada. Compramos a notícia sem confirmação própria”, avalia o ombudsman da Folha de S. Paulo, Carlos Eduardo Lins da Silva.

    O diretor de conteúdo do Estadão, Ricardo Gandour, afirma que o jornal registrou a informação divulgada pelo Blog do Noblat e foi a campo, com uma entrevista com o pai de Paula Oliveira e informações do Itamaraty. Porém, admite a falta do outro lado da história. “Ficou 24 horas num pé só. Serviu como um aprendizado para o futuro”, diz Gandour.

    Essa é a mesma opinião do professor e ouvidor-geral da Empresa Brasil de Comunicação, Laurindo Leal Filho: “Os fatos eram graves demais para ficar em uma só versão”. Ele também ressalta a diferença da apuração realizada por blogs e por veículos de comunicação.

    “Os blogs não substituem a cobertura jornalística. Os blogueiros não têm estrutura para planejar e executar uma cobertura. Para este caso, fazia-se necessária uma equipe de reportagem", afirma Leal Filho.

    Apesar das avaliações negativas sobre a forma como a cobertura foi encaminhada, o ombudsman da Folha afirma que, se tivesse que decidir se daria ou não a notícia, também cometeria o erro.
    “Se eu estivesse no lugar dos editores, iria cometer o mesmo erro. Existe uma cultura no jornalismo que tem que se dar a notícia o mais rapidamente possível”, admite Lins da Silva.

  3. A "teoria da dignidade no Carnaval"

    15 de fevereiro de 2009

    Em seu diário de bordo, enquanto viajava no navio Beagle fazendo os estudos que mais tarde culminariam com a conhecida (e ainda polêmica) "Teoria da Evolução das Espécies", Darwin escreveu sobre sua passagem pelo Brasil. Como todo bom turista não poderia ter vindo em época mais interessante: o Carnaval. Notem as ironias com que o cientista, no auge dos seus 22 anos e andando 'de galera', descreve os "perigos" do carnaval nordestino e a confissão sincera sobre as dificuldades de se manter "a dignidade" por aqui:


    “Este é o primeiro dia do Carnaval, mas Wickham, Sullivan e eu, nada destemidos, estávamos determinados a encarar seus perigos. Esses perigos consistem em ser alvejado sem misericórdia por bolas de cera cheias de água e sair encharcado por grandes seringas de lata. Achamos muito difícil manter a nossa dignidade enquanto caminhávamos nas ruas.” (4 de março de 1832 - Salvador)

    Charge de Pavel Constantin


  4. A proporção inversa

    7 de fevereiro de 2009

    Passei mais devagar pela rua hoje. Diminuí o passo. Andei lento. No compasso inverso da saudade de você. A saudade veio depressa, já tinha percorrido a distância entre nós e ficado por aqui há algum tempo. Reduzi o ritmo. Sabia que você poderia - quiçá! - passar por ali. E cruzar meu caminho, pra eu poder te ver. Eu estava "mais querendo era te ver passar"* por ali. Demorar mais passando por ali aumentaria a chance de te ver. Mas você não passou. Talvez estivesse atrasada. Talvez nem fosse hoje ao lugar de sempre. Talvez tivesse ido mais cedo, pra resolver outras coisas. Talvez até tenha aprendido outro caminho. Talvez... ah, melhor nem pensar! Deus me livre. Talvez apenas, apenas, tivesse mudado o horário. O fato é que eu passei mais devagar pela rua hoje. Na proporção contrária da saudade que chegou depressa, já há algum tempo, e não passou. Quem dera te ver, quem dera passar.

    *trecho da letra do samba-choro de Tião Carvalho - Nós