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  1. Publicado originalmente no OiPreguica.
    Ainda pouco explorado pelos que curtem uma aventura em meio à natureza, o Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos é um achado valioso e interessante. Além das belas paisagens que a rota turística ecológica proporciona, na visita o mochileiro também tem a oportunidade de conhecer um pouco da história do Brasil.
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    Localizado a 20 quilômetros da pequena cidade de Rio Claro (RJ), na serra do Piloto, o local é considerado o primeiro sítio arqueológico urbano do país. Até o início do século passado (nos anos de 1940) havia ali uma cidade, no entanto, por conta da necessidade da construção da represa de Ribeirão das Lajes (hoje administrada pela Light) para abastecer a cidade do Rio de Janeiro, à época na iminência de uma falta d’água, o lugarejo foi alagado e as construções demolidas.
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    Com a represa pronta, as águas baixaram em boa parte da área onde ficava a cidade. Num passado mais recente, um grupo de arqueólogos e historiadores tocaram projeto de escavações com o objetivo de localizar e recuperar as ruínas de São João Marcos, que chegou a ter 20 mil habitantes no final do século XIX  e era um dos pontos estratégicos para o escoamento da produção de café no Brasil, na época.
    Chegar ao Parque é fácil. Para quem está no Rio, seguir de carro a Avenida Brasil em direção ao bairro de Santa Cruz. Depois pegar a rodovia Rio-Santos (BR-101) em direção à Angra dos Reis. No trevo de Mangaratiba, virar à direita para a Serra do Piloto (RJ-149) e seguir a estrada, asfaltada recentemente.
    Para quem está em São Paulo, Sul Fluminense e Vale do Paraíba, seguir pela via Dutra (BR-116) no sentido Rio de Janeiro. Após passar a primeira saída para Volta Redonda, ainda na Dutra, entrar na estrada de Getulândia e seguir até a RJ-155. Seguir pela RJ-155 e, ao passar pela entrada do município de Rio Claro, virar à esquerda na Estrada RJ-149. Após o portal de entrada do Parque há um pequeno trecho em estrada de chão, que pode ser feito a pé ou de carro.
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    Lá a primeira parada é um museu onde estão objetos dos antigos moradores do local, além de uma maquete que reproduz como era o vilarejo no início do século passado. A história é contada por um guia treinado e também em vídeos-documentários, que têm inclusive depoimentos de ex-moradores. Pra quem não tem muita paciência com histórias (eu não sou um desses!), vale a pena ganhar (e não perder!) 30 minutos do seu tempo no minimuseu.
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    Depois, basta aproveitar o dia. As trilhas do parque levam a ruínas de casas, pontes, a igreja Matriz e um cemitério – este num dos únicos pontos que não foram alagados pelas águas da represa. A natureza no parque é esplêndida. Para os observadores de aves, podem ser vistas ali algumas belas espécies.
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    Seguindo por uma estrada de chão (uma antiga estrada real pela qual Dom Pedro viajava), o mochileiro chega às margens de uma das áreas alagadas pela represa. Em dias ensolarados, a boa pedida é tomar um banho nas águas (naquele trecho límpidas) dos rios Piraí e Paraíba do Sul.
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