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  1. Voltando

    21 de dezembro de 2009

    Depois de um tempo longe estou voltando. Breve postagens...


  2. 5 de dezembro de 2009


    Duas casas


    Uma casa



    Muitos bichos pelas ruas de amsterdam




    Deusa do Sadomasoquismo, Amsterdam




    Os dois principais "pontos turísticos" de Amsterdam: Maconha e Sexo





    Em Amsterdam, canais e bicicletas por todos os lados






    Salamanca, Espanha: cidade cor marrom







    Na restauração recente de uma igreja de Salamanca, um restaurador fez a piada: Astronauta e Diabo comendo sorvete.










  3. O dia se zangou
    (Mauro Diniz/Ratinho)
    *gravado recentemente no CD Casuarina - MTV Apresenta

    Em virtude do tempo hoje não há futebol
    Veio uma chuva de vento,
    E levou pra bem longe o sol
    O que se vai fazer
    na tarde sem lazer,
    E uma noite tão feia
    E eu esperei lua cheia

    Quem pensou em passar o final de semana deitado na areia de Copacabana também se enganou
    Quem pensou no pagode do Para Quem Pode já viu que não pode, ficou na saudade e o tempo fechou
    Bem cedo anuviou,
    O céu escureceu,
    O dia se zangou,
    Então choveu, choveu
    Temporal baixou,
    e a cidade se alagou
    Temporal baixou
    e a cidade se apagou **



    **adaptação do blogueiro

  4. Sobre ombros, escombros e assombro

    5 de novembro de 2009


    Esse amontoado de escombros
    por pouco padeço, no desânimo pereço
    perco o apreço pelo pôr do sol, pelo seu nascer
    pelo profundidade do céu, pelo firmamento do mar


    O peso do mundo sentido nos ombros
    Tanto a cobrar, tão pouco a esperar,
    Nada a ensinar, tampouco partilhar


    Ter que crescer, na marra, assombro
    Movido pelo medo de não merecer
    O pouco que me é mostrado,
    do muito que preciso ver
    Expondo meu modo, tentando
    Amadurecer sem esquecer de ser humano
    O apreço que não quero deixar pra trás

  5. El Tour Gratis

    25 de outubro de 2009

    Volta e meia volto a falar da viagem aqui n’O Vencedor. O mochilão 2009 teve história. Os lugares que vi tinham história. Muita história boa, que eu não saberia tão bem não fosse a ajuda de guias turísticos que encontrei por lá. Só que esses guias tinham uma peculiaridade: eram "gratuitos".


    Pois é. Na Europa existe uma empresa (empresa mesmo, com fins lucrativos) que disponibiliza Tours de graça para os turistas. Funciona da seguinte forma: Dois horários diários, uma dúzia de guias com tours em inglês e meia dúzia com tours em espanhol, um ponto de encontro na área central do lugar, mais ou menos três horas andando pela cidade ouvindo suas histórias.

    E como a empresa se mantém? Da contribuiç o espontânea dos turista ao final do tour. Nenhum valor pré-estabelecido. O guia simplesmente pede aos turistas uma "propina" (em espanhol a gorjeta é propina) de qualquer valor. Gastamos, eu, meu irmão e minha mãe, 20 euros com o Free Tour em toda a viagem. E graças a isso conheci mais a fundo a história das cidades e países que visitei.

    Graças a esses guias, descobri por exemplo, peculiaridades sobre a arquitetura de Amsterdam, na Holanda. As casas são levemente "tortas", não por uma falha na construção ou porque o solo é argiloso e está afundando. O motivo é simples: como as casas são muito estreitas e altas, carregar móveis dentro delas é praticamente impossível. Todas as casas têm ganchos na ponta dos telhados, pelos quais os móveis são erguidos por uma corda. As casas s o inclinadas para que os móveis não arrastem nas paredes enquanto são içados. Não estraga nem os móveis, nem as paredes.

    Questão de praticidade

    Por causa do Free Tour também descobri, por exemplo, que em Praga, República Tcheca, existia um bairro onde os judeus foram apartados pelos cristãos por mais ou menos 400 anos. Os judeus só podiam residir ali, dormir ali, fazer suas atividades do dia-dia naquele pequeno espaço, e, não seria diferente, seus mortos só poderiam ser enterrados ali. Agora, imaginem um cemitério de um bairro pequeno, onde teriam que ser enterrados todos os mortos por 400 anos. No decorrer dos anos, o cemitério precisou ser aterrado várias vezes, para os novos mortos, e isso criou um terreno, no meio do bairro, que fica a mais ou menos 11 metros acima do nível da rua. Ó insensatez religiosa!

    Ótima idéia dos europeus, que deveria (e deverá) se espalhar por todo o mundo. Informações sobre El Tour Grátis, as cidades onde já existe, pontos de encontro, entre outras aqui: http://www.neweuropetours.eu/
    Berlin
    Amsterdam

  6. A música* que inspirou a imagem

    13 de outubro de 2009


    Tá me esperando na janela ai...



    Não sei se vou me segurar...

    Clicada com o celular durante o 8º PiraíFest no último feriadão. O chopp Brahma custava R$ 2,50 e o resultado não podia ser outro (rs). Diga-se de passagem uma das melhores festas tipo 'feira de exposição' que já fui.

    *Esperando na Janela - Gilberto Gil

  7. Tudo diferente*

    8 de outubro de 2009

    Todos caminhos trilham pra gente se ver, todas trilhas caminham pra gente se achar, né - por que senão que outra explicação teria pra gente se encontrar justo agora, né?

    Eu ligo no sentido de meia verdade - os seus mistérios que eu quero descobrir, os meus que revelo aos poucos pra você.

    Metade inteira chora de felicidade - a metade que você roubou de mim; a metade que faltava e você trouxe até aqui.

    A qualquer distância o outro te alcança - Não teve distância, nem obstáculo, que puderam impedir de acontecer.

    Erudito som de batidão - O amor por você é meio assim, “erudito” (romântico, tranqüilo) “som de batidão” (intenso, movimento)

    Dia e noite céu de pé no chão - dia e noite pensando em você, mas pensando também nas coisas tão quão importantes, por que quem vive de amor é personagem de livro, filme ou novela.

    O detalhe que o coração atenta - os detalhes que fazem a nossa diferença.

    Você passa, eu paro - parei na sua frente pra te dar aquele rápido beijo que durou e permaneceu.

    Você faz, eu falo - Eu faço, você fala. A gente faz, a gente fala.

    Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem - (...)

    Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo - Engraçado não saber, mas sentir que está tudo certo quando estou com você

    Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate - e tudo bate de um jeito diferente com você.

    *Tudo diferente - Maria Gadú (composição: André Carvalho)

  8. Imagem de viagem

    16 de setembro de 2009

    Mais fotos do mochilão:


    curvas (Praga)



    praça (Praga)



    art noveau (Praga)




    art noveau 2 (Praga)





    castelo (Potsdam - Alemanha)



    espelho (Potsdam)



    catedral (Berlin)






    de cima (Berlin)



    protesto (Iranianos em todos os lugares faziam protestos contra o resultado das eleições no país)



    eu vi duendes (Amsterdam)



    canais (Amsterdam)


    heineken experience (Amsterdam)

  9. Blog ultrapassado?

    25 de agosto de 2009

    "Twittar" virou moda. O termo se refere a quem utiliza a “nova” febre da comunicação na internet: o Twitter. Afora todas as discussões filosóficas sobre o papel da internet nas relações humanas, o interessante é ver como a web vai superando e descartando a si mesma.

    A intensão por trás do novo site de relacionamentos é ser um diário em tempo real. A idéia do diário nos lembra o que? Os blogs, que, se não foram criados para esta finalidade, foram utilizados como tal pela grande maioria de seus adeptos.

    Como aconteceu com os jornais, que tiveram que se adaptar para o ambiente da rede, e mais tarde tiveram que aprimorar seu sistema de notícias para o “furo” constante (tempo real), assim também a internet está aos poucos substituindo os já ultrapassados e obsoletos (?) blogs.




    Voltando ao exemplo dos textos jornalísticos, que tiveram que ser adaptados para o ambiente virtual, com textos mais curtos e objetivos, o Twitter parace seguir a mesma linha. Entre outras funcionalidades - como a de ser também um site de relacionamentos a exemplo de Orkut e Facebook - a nova interface almeja funcionar como uma espécie de “blog” em tempo real, com limite de caracteres por postagem, enxugando assim, a infinidade de caracteres dos blogs.


    Alguem aí se lembra do mIRC? O MSN e outros programas vieram e foram aos poucos tomando o lugar do antigo Chat- que ainda hoje é utilizado, porém mais para troca de arquivos de interesses específicos e até alguns saudosistas.

    Ps.: Alguns blogueiros já deixaram de escrever em seus antigos sites para migrar para o Twitter, e alguns muitos estão pensando em fazê-lo. Eu por enquanto, continuo vivendo no “passado”.


  10. A música* me fez refletir o quanto é contraditório o amor. Ela diz: “Você me tem fácil demais, mas não parece capaz de cuidar do que possui”. Ao mesmo tempo em que faz pirraça: “não vá pensando que eu sou seu”.

    Ela (a música) deixa transparecer o quanto é confusa toda essa coisa de “se entregar”, sem querer se deixar na mão do outro. Não existe amor que dê certo sem entrega, sem algumas renúncias. Ao mesmo tempo, não se quer perder o espaço individual.

    Por um lado sentencia: “você me tem fácil demais”. Como quem confessa ter mergulhado de cabeça num relacionamento, sem pensar muito nas conseqüências. Por outro pede, num desabafo: “não faça nada por mim”. Como quem necessita de liberdade, e se sente amarrado diante das privações de um amor um tanto controlador.

    A personagem, enfim, é refém de uma dominação com a qual ela não se sente confortável. Mas ama tanto - ou se ama tão pouco - que não tem vontade/coragem de se livrar da situação: “Me disse vá e eu não fui”. E vai entender o amor...



    *Nada por mim (Paula Toller e Herbert Vianna)

  11. Sachsenhausen

    20 de julho de 2009

    "Uma parte de nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem." (Primo Levi, sobrevivente de Campo de Concentração Nazi)

    Fotos tiradas no Campo de Concentração Sachsenhausen, em Oranienburgo, Alemanha, que tive a oportunidade de conhecer no Mochilão. Foi o primeiro campo nazista, modelo para as demais prisões construídas durante a era Hitler. Mais informações sobre essa aterradora parte da história humana aqui.
    .
    valas onde eram empilhados os corpos dos prisioneiros
    .
    muitos dos edifícios foram destruídos ou incendiados após o fim da Guerra
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    um dos "QGs" dos soldados Nazi
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    arame e concreto
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    propaganda anti-Nazi
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    esculturas
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    a zona neutra: quem pisasse depois das pedras poderia ser fuzilado
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    homenagem
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    uma das celas da solitária
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    torre de observação
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    muitas pessoas levam pedras até alguns dos ambientes do Campo como forma de homenagear as vítimas

  12. Minha mãe mochileira

    13 de julho de 2009

    O que sua mãe faz? É dona de casa... Lava roupa... Faz quitutes pra vender... Costura... Cozinha... Faz comida gostosa... Trabalha como diarista... É professora... É projetista... Engenheira... Gerente de banco... É instrumentista... Dançarina... Produtora... Gari... Médica... Advogada... Empresária...

    Além de algumas das "funções" citadas acima, a minha é "mochileira". Sim, mochileira. Daquelas que coloca algumas coisas na bolsa e sai pelo mundo, dorme em albergues, anda dias e dias, faz várias viagens de avião... Acompanhando os filhos sem ligar pra luxo, nem lixo.

    Um dos pontos altos do mochilão, com certeza, foi a presença dessa grande-amiga-pra-todas-as--horas. Ela perguntou se não tinha problema fazer a viagem com a gente. Eu e meu irmão respondemos da mesma forma: "claro que não". Mas acabou tendo um pequeno probleminha: tivemos que dividí-la com pelo menos uma dezena de outros mochileiros, ou europeus, pelo caminho (até parece que sou ciumento).


    em Amsterdam

    Minha mãe mochileira tirou fotos, venceu o medo de avião todas as onze vezes que precisou voar, dormiu de beliche em quartos com 4, 6, 8, 10 pessoas desconhecidas. Tomou banho em banheiro feminino compartilhado. Foi pra "balada". Sentou no barzinho pra beber um pouquinho. Não falava espanhol, nem inglês (entrou no curso faz uns dois meses). Mas ensinou alguns europeus a contar de um até dez em português; e com outros simplesmente falava a "linguagem do coração", como ela gosta de dizer.

    Foi uma "parceira", como alguns disseram. Aliás, ganhou vários apelidos de companheiros de viagem. Tia Thê, Tia Terê, Tia Tetê e Mama. Mas uma australiana, pra quem minha mãe mochileira ofereceu uma uva num dos quartos de albergue em que ficamos, resumiu bem o que foi a presença dela nesses dias de jornada. "Great mom!".

  13. Empresto a frase do Millôr pra falar um pouco mais sobre a experiência de ser um brasileiro viajando pelo mundo 'desenvolvido'. Nesses dias de mochilão, me intrigou a visão que alguns europeus - e até brasileiros - têm de nós.

    Vi que o Brasil 'vende' muito mal sua imagem lá fora. O nosso presidente vira manchete de jornais pelo mundo bebendo uma cervejinha - jogadores de futebol idem - e já nos tornamos os 'fanfarrões. Tanto que um sueco num albergue (hostel) onde fiquei hospedado na Alemanha me perguntou se não tinha cerveja e com a minha negativa soltou a piadinha: "You are not brazilian!".

    O cinema nacional também é parcialmente responsável por esse rótulo do jeitinho brasileiro de ser. Tocava por todos os cantos nas cidades que visitamos o funk trilha sonora do filme Tropa de Elite, "Rap das armas". Disse que era brasileiro a um europeu enquanto ele me acordava depois de chegar de uma balada às 5 horas da manhã. Ele imediatamente cantou os versos iniciais do funk e em seguida fez a pergunta: "Parapapapapapa... Você não tem maconha aí não?"

    Aliás, drogas e Brasil parecem até sinônimos para alguns gringos. O pai de um deles aconselhou ao filho, que andava com os brasileiros mostrando a cidade, que tomasse cuidado: "Veja se não são traficantes de drogas". A violência extrapola as fronteiras territoriais e nem na música, nem no cinema, estamos descolados dessa dura realidade social.

    Um conterrâneo que conheci por lá sente vergonha de um lado terrível da nossa cultura. Morando há mais de um ano no exterior, depois de ter largado um bom emprego no país pra trabalhar em um hotel, ele diz que não sente vontade de voltar a residir no Brasil. Se diz revoltado com a situação no país:

    - Aqui na Suécia temos corrupção sim, políticos corruptos. Mas aqui, quando a corrupção aparece, essas pessoas são punidas. No Brasil é aquela bagunça... - Ele se referia à situação atual no Congresso, com os seus Atos Secretos, e outros escândalos como "Sanguessugas", "Correios", "Mensalões", etc. E como o exemplo que vem de cima é seguido 'aqui embaixo' ele completou. "Não é só na política não. Aqui se alguém é pego dirigindo sem cinto de segurança ou embriagado é multado ou preso. No Brasil, paga-se uma propina e fica tudo por isso mesmo".

    Porém...

    Apesar das mazelas da violência, da lambança na política e de tudo o que nos torna "muito subdesenvolvidos", o brasileiro pode sim apresentar uma outra imagem, quando é visto de perto. Para encurtar o assunto, o tal pai acabou ficando tranquilo depois de conhecer as novas amizades do filho e até tomou uma cervejinha com alguns daqueles brasileiros.

    O outro que largou o bom emprego para trabalhar em um hotel sente saudades das amizades na terra natal. "O povo aqui é muito fechado, frio", revelando sentir falta do jeito 'aberto' e 'caloroso' dos brasileiros. Tanto que ele acabou gastando seu único dia de folga na semana para andar com os mochileiros que acabara de conhecer no metrô.

    Afinal de contas, representávamos as tantas boas características que a grande maioria de nós 'brazucas' temos de sobra: divertidos, animados, perseverantes, disposto, trabalhadores (de férias), corajosos... Enfim, brasileiros.


  14. Mochilão 2009 em números

    27 de junho de 2009

    Vinte dias de viagem. Onze vôos diferentes. Um total de 27.832 km rodados (segundo o Sr. Googlemaps). Dezenas de sanduíches, capuchinos, e cervejas. Oito camas diferentes, entre albergues e um apartamento em Salamanca. Os números poderiam fazer parte da rotina de um jogador de futebol ou uma modelo - exceto pelas noites em albergues baratos. Mas, na verdade, foram parte da minha, entre os dias 2 e 22 de junho desse ano.

    A edição 2009 do mochilão começou na Espanha, por Madrid, Barcelona e Salamanca. O segundo destino foi a Holanda, onde conhecemos a paradoxal capital, Amsterdam. O próximo avião nos levou para o extremo oposto, em termos de cultura e comportamento: Estocolmo (Stockholm), na Suécia. Da cidade "mais limpa do mundo", partimos para uma não tão limpa assim: Berlin, na Alemanha, com sua fascinante e chocante história. A parte final do mochilão ficou por conta da bela Praga, capital da República Tcheca.

    Oito brasileiros fizeram parte da 'aventura'. Porém, alguns outros - conterrâneos e não conterrâneos - se uniram a nós e tornaram a viagem ainda mais interessante e divertida. Foi um aprendizado, expandiu os horizontes, e trouxe novos amigos e pessoas únicas que passaram a fazer parte de um pedaço da minha história. Falando um português bem claro: foi foda!

    Mais histórias sobre o mochilão, conto depois. Fiz uma pauta de textos pra escrever sobre. Afinal de contas, apesar de 20 dias apenas, uma viagem tão rica como essa não caberia em um único post.

  15. Verbo de ação

    24 de junho de 2009

    Chega como quem não quer nada
    Finge não perceber
    Surpreende o coração desavisado
    Permite de novo viver

    Entra sem pedir permissão
    Fica com a sua inquietação
    Traz alegria e medo
    Revela em mim o desejo
    Seduz sem intenção

    Mostra uma condição diferente
    Encanta como a uma criança, o presente
    Traduz o melhor momento
    Como o verbo de ação, movimento

    Deixa ficar subentendido
    Refaz o que estava perdido
    Desfaz o mal-entendido

    Envolve
    Comove
    Remove
    Move, enfim

  16. O que tocava

    28 de maio de 2009

    Da série: recebi no email. Um site revela as 100 músicas mais tocadas no ano em que você nasceu. Encontrei alguns achados interessantes (muitas são das minhas favoritas), outros hilários. Vejam só o que rolava em 1983:


    01 Menina Veneno - Ritchie
    02 Billie Jean - Michael Jackson
    03 Coração de Estudante - Milton Nascimento
    04 Como Uma Onda (Zen Surfismo) - Lulu Santos
    05 Brincar de Viver - Maria Bethânia
    06 Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora) - Fagner
    07 Every Breath You Take - The Police
    08 Beat It - Michael Jackson
    09 Anjo - Roupa Nova
    10 Nosso Louco Amor - Gang 90 & As Absurdetes
    ...
    15 Você é Linda - Caetano Veloso
    16 Anunciação - Alceu Valença
    ...
    26 Pintura Íntima - Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens
    27 Ai Que Saudade d'Ocê - Elba Ramalho
    ...
    32 Pro Dia Nascer Feliz - Ney Matogrosso
    ...
    38 The Girl Is Mine - Michael Jackson & Paul McCartney
    ...
    83 Panela Velha - Sergio Reis
    84 Nem Pensar - Kleiton & Kledir
    ...
    93 Descobridor dos Sete Mares - Tim Maia
    94 Coisa Cristalina - Wando
    95 Praia de Ramos - Dicró
    ...

    O link do site pra quem ficou curioso: http://www.planetarei.com.br/100anos/index.htm

  17. Diz que fui por aí

    24 de maio de 2009

    ps.: aí vou eu..

    ps2.: muito bom o vídeo


  18. O Samba tá aí?

    21 de maio de 2009


    "O samba tá". O samba está por aqui, ainda. E ainda por muito tempo vai estar. O samba reinventado novamente (já há algum tempo), como tantas outras vezes. É o som do brasileiro, o som que mexe. Com os pés, as ‘cadeiras’, a mente e o coração.

    Renovaram o pedido: “Não deixa o samba morrer”, e alguém, novamente respondeu: “Mas não faz mal não é o fim da batucada”. Perguntaram se ele estava. “Tá”. Afinal: “o show tem que continuar”.

    O samba que era do meu avô, que passou o carnaval na avenida enquanto nascia um filho, é hoje o meu das rodas, casas de show, gafieira. O samba dos bailes, concursos e rádio é hoje o dos DVDs, especiais, “sambistas mais novos”.

    O samba de Ataulfo, Noel, Cartola, Moreira, Bezerra, Ivone, João, e outro João, Candeia, Sargento, Paulinho, Noca, Clara, Beth, Zeca, Almir, Martinho, Chico e tantos outros. O de Roberta, Renata, Luciana, Leo, Rafael, Marcelo, Diogo, Priscila, Dudu, Roze, Marisa, Bruno, Tainah, Tiago, Gabriel... “Tá” no sangue daqueles que sabem o valor de sambar.


    * Ótimo site pra quem se interessa, com a história do samba, letra do primeiro já gravado, história dos estilos, e biografia de alguns sambistas: Sambando.
    ** Não deixa o samba morrer (Edson e Aluísio), Novo amor (Edu Krieger), O Samba tá aí (Farofa Carioca), O show tem que continuar (Jotabe/Sombrinha/Jorge Aragão /Arlindo Cruz/Luiz Carlos)

  19. A banda invisível

    16 de maio de 2009

    Gostei desde que ouvi pela primeira vez o som da banda escocesa Travis. É o que gosto em música: boas melodias, que às vezes dizem mais que as letras, ou letras que se encaixam às melodias - porque música é melodia. Melhor ainda do que o som são os videoclips da banda: sempre vieram com ótimos vídeos para metaforizar o que as melodias traduzem (um pouco as letras). Por isso eu digo e repito, mais do que boas letras, música é melodia. Aí vão alguns dos clips:









    Sobre a banda: http://pt.wikipedia.org/wiki/Travis

  20. Que livro eu seria?

    6 de maio de 2009

    Resolvi fazer o teste proposto por uma amiga-blogueira, que passa a limpo sua Vida no Rascunho, e os resultados surpreenderam. A complexidade é tanta que apenas três livros deram conta de tentar "definir" este blogueiro. Com alguns dos resultados, não concordei completamente... Mas valeu a brincadeira.


    O primeiro advinhou uma paixão: escrever, contar histórias, ou seja, ser jornalista. E de lambuja ainda remeteu à recém-descoberta "paixão" pelo samba. Confiram aí:


    Você é... "Carmen – Uma biografia", de Ruy Castro

    Boa história é com você mesmo. Adora ouvir, contar, recontar. As de pessoas interessantes e revolucionárias são as suas preferidas. Tem gente que liga para você só para saber das últimas fofocas. E confesse: com seu jeitinho manso e detalhista, você dá aos fatos um sabor todo especial. Além disso, não se contenta em reproduzir o que já foi dito. Por isso, se fosse um livro, você só poderia ser uma boa biografia, daquelas que faz os leitores deitarem na rede do fim de semana e se entregarem às peripécias de uma grande personagem. Aliás, você já pensou na profissão de repórter? Ou de escritor?
    'Carmen – Uma Biografia' (2005), sobre Carmen Miranda, é uma das aclamadas biografias publicadas por Ruy Castro, também jornalista e tradutor, considerado um dos maiores biógrafos brasileiros.


    Essa inquietação com o ficar estagnado, e ao mesmo tempo o gosto pelo lugar-incomum estão no segundo resultado:


    "O vampiro de Curitiba", de Dalton Trevisan

    Descolado, objetivo e realista. Cult. Você deve se sentir mais à vontade longe de shoppings, da TV e de qualquer coisa que grite “cultura de massa”. Nada de meias palavras: a elas, você prefere o silêncio. Você não vê o mundo através de lentes cor-de-rosa, muito pelo contrário. Procura ver o mundo como ele é, entendê-lo, senti-lo. Às vezes, bate até aquele sentimento de exclusão, ou de solidão. Mas é o preço que se paga por ser um pouco "marginal". Não se preocupe, pois você atrai a admiração de pessoas como você: modernas no melhor sentido da palavra.

    Em 'O vampiro de Curitiba' (1965), Nelsinho protagoniza uma variedade de contos, nos quais ele busca satisfazer sua obsessão sexual vagando pelas ruas de Curitiba - paralelamente, esta cidade de contrastes se revela ao leitor. A temática e a forma já denunciam: este não é um livro para qualquer um. Tem que ter cabeça aberta para enfrentar a linguagem nua e crua de Trevisan, que é reverenciado pelo leitor capaz de driblar velhos ranços burgueses.

    PS.: Uma culturinha de massa vez ou outra não faz mal a ninguém.

    E por último, um lado do blogueiro que muitos já viram por aqui:


    "Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade

    "O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz. "Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.

    Faça o teste (clicando aqui) e conte: Que livro você é?

  21. "Me resolvi por subir na pedra mais alta
    Pra te enxergar sorrindo da pedra mais alta
    Contemplar teu ar, teu movimento, teu canto
    Olhos feito pérola, cabelo feito manto" (TM)



    o ponto culminante



    prateleiras



    um lago


    mais prateleiras



    tartaruga


    o alto das prateleiras


    espelho


    fonte da juventude (Cachoeira das Flores)


    a vista


    vida


    o caminho