A música* me fez refletir o quanto é contraditório o amor. Ela diz: “Você me tem fácil demais, mas não parece capaz de cuidar do que possui”. Ao mesmo tempo em que faz pirraça: “não vá pensando que eu sou seu”.
Ela (a música) deixa transparecer o quanto é confusa toda essa coisa de “se entregar”, sem querer se deixar na mão do outro. Não existe amor que dê certo sem entrega, sem algumas renúncias. Ao mesmo tempo, não se quer perder o espaço individual.
Por um lado sentencia: “você me tem fácil demais”. Como quem confessa ter mergulhado de cabeça num relacionamento, sem pensar muito nas conseqüências. Por outro pede, num desabafo: “não faça nada por mim”. Como quem necessita de liberdade, e se sente amarrado diante das privações de um amor um tanto controlador.
A personagem, enfim, é refém de uma dominação com a qual ela não se sente confortável. Mas ama tanto - ou se ama tão pouco - que não tem vontade/coragem de se livrar da situação: “Me disse vá e eu não fui”. E vai entender o amor...
*Nada por mim (Paula Toller e Herbert Vianna)
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Por falar em amor
25 de agosto de 2009
Postado por Unknown às 20:48 | Sessões: comentários | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook | |
como gosto dos seus textos.. e como tb fico aqui tentando entender esse tal amor...
dizem por aê que ele me dominou por inteiro.. mas vem me confundindo tanto que já nem tenho certeza de nada*..
aiai.. belo texto biel.. saudades de ti amigo..
*aparece vai.. tô precisando desabafar contigo!!!