Um chopp bem gelado no fim do dia, ou no fim de semana a tarde com os amigos. É um bom programa para todos aqueles que apreciam a famosa bebida feita de malte, lúpulo e fermento. Mas para que muitas pessoas desfrutem do prazer de uma deliciosa tulipa de chopp é necessário o trabalho de pessoas como seu Arnaldo, assistente de cervejeiro, para quem a cerveja é um ofício ao qual ele se dedica há mais de 30 anos.
Arnaldo já perdeu a conta de quantos litros de cerveja fabricou. Porém, atualmente, trabalhando na cervejaria Mistura Clássica em Volta Redonda, afirma que saem dos tonéis direto para os copos de apreciadores em todo o Brasil e no exterior mais de 30 mil litros de chopp e cerveja por mês.
Como todo bom cervejeiro, o assistente não gosta quando chamam de espuma o creme que surge quando a bebida passa dos barris para as tulipas. “Uma cerveja artesanal não tem espuma mas sim creme”, enfatiza, explicando que para cada tipo de chopp há uma quantidade certa de colarinho que, entre outras coisas, dá sabor e ajuda a manter a temperatura ideal da bebida.
Vários tipos diferentes de cerveja. Outro segredo que o cervejeiro revela ao falar um pouco mais da sua rotina. “Aqui produzimos Amber (maior teor alcoólico e coloração escura) e Pilsen (mais suave, seco, e coloração clara), mas existem vários outros tipos”, diz, apontando que a temperatura é um fator essencial para o bom chopp.
A rotina de Arnaldo começa às quatro horas da manhã na fábrica. O trabalho é artesanal e, segundo ele, exige muita técnica e paciência. Antes de ser gelada, a cerveja passa por três estágios: mistura, fermentação e cozimento. Depois, de cada lote de cerveja fabricada é retirada uma amostra que será testada em relação ao sabor e pureza.
Apaixonado pela profissão e pelo bom chopp, o assistente de cervejeiro brinca afirmando que deixou de beber durante a semana, apesar de passar o dia provando amostras dos tonéis fabricados por ele. “Aqui é o meu trabalho, nos finais de semana sou um apreciador”. E quando perguntado se gosta da profissão ironiza: “É um emprego ruim. Muita gente nem gostaria de estar no meu lugar”, diz.
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Nota do jornalista: Como a maioria das boas histórias, esta surgiu de repente, sem querer. Conheci seu Arnaldo no aniversário de um amigo, quando este me pediu para ir de carro buscar mais chopp e acabei sendo acompanhado pelo próprio cervejeiro que me contou um pouco da sua rotina. Acabei aprendendo um pouco mais sobre este delicioso e gelado ofício e ainda ganhei uma taça de um dos melhores chopps Amber, com seis dedos de espuma, ops, creme, que já tomei.
Veja também: www.cervesia.com.br. Apreciem com moderação e se forem dirigir não bebam, agora é lei.
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Aprecie com moderação
12 de agosto de 2008
Postado por Unknown às 18:08 | Sessões: notícias | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook | |
Oi Gabriel
Bem que já tentei gostar de cerveja, mas não consigo... acho uma bebido boba! A gente bebe, bebe, bebe e depois (para não ser chula) esvazia, esvazia, esvazia (rs)
Quanto ao beliche do trem... nossa! Nem fale! tem cada história... mas isso é assunto para os próximos capítulos.
beijos e bom fim de semana
Chopp do Mistura é o que há de melhor!!
A única vez que tomei um porre de verdade foi lá.. rsrs (ô vergonha!!)
Não sei se vc conheceu um tal de "sujinho" (deve ser esse Amber).. um amigo me explicou que leva esse apelido por ser mais escuro e ter um teor alcoolico maior que os demais, verdadeiramente muito bom..
bju procê
uma vez jornalista, sempre jornalista.
muito bem escrito o texto.
Bom saber que você ainda não perdeu o tato e essa característica de ver nas coisas simples do dia-a-dia um bom motivo pra escrever.
Tema melhor impossível.
E viva o Sr. Arnaldo ;)