-
Subentendido
22 de setembro de 2007
É amor
Sonhar com você, acordado, dormindo
Lembrar de você, sorrindo, rindo
Partindo? Saudade de você
Sofrer com você/ por você
A alegria constante de saber: você
Me encaixar em você
Temer, tremer
Morrer, pra viver em você (crescer)
Olhar nos seus olhos e me ver
Dormir no teu colo: tornar a nascer
É amor
Olhar de outro jeito:
Ter a certeza de que a vida é uma eterna felicidade com alguns momentos tristes
Sonhar do mesmo jeito (como nossos pais):
Ter a certeza de que, pode não ser a hora, mas ela será a melhor mãe para os seus filhos
Deixar ficar subentendido - calado como quem ouve uma sinfonia
_________________________________________________________________
*Pequeno texto pra tentar definir o que eu penso sobre o significado oculto dessas quatro letras: A-M-O-R.
Veja outra resposta: O que é amor
*Músicas citadas: 4 letras (George Israel e Cazuza) Papel Marchê (João Bosco), Apenas mais uma de amor(Lulu Santos)Postado por Unknown às 20:00 | Sessões: textos | 7 comentários | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook | |
-
Mais uma da série recebi no email
17 de setembro de 2007
Postado por Unknown às 20:00 | Sessões: álbum | 3 comentários | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook | |
-
Enquanto ela descia do ônibus
10 de setembro de 2007
Enquanto ela descia as escadas do ônibus e acenava com um sorriso tímido nos lábios eu pensava...
Ela tinha nove anos. Cabelos louros desgrenhados, presos por um elástico rosa com duas flores de plástico nas pontas. Chinelo nos pés. Corpo relativamente magro e tímido, como tudo nela. Os ombros ligeiramente encurvados, esquivando-se de todos. Seu nome era Luna, como o astro: naquele momento minguante; outras poucas vezes crescente; sempre nova. Olhos claros - que à luz do sol ficavam verdes -, naquele momento, porém, cor de mel, pois já era noite.
O que iluminava aquele olhar eram os sonhos. Sonhava coisas pequenas, que para ela eram infinitamente grandes. Certa vez Luna escreveu uma carta para aquele programa de televisão que promete realizar os sonhos das pessoas. E ela não deixava de sonhar. Mesmo com o medo. Medo da onda, medo da chuva, do trovão, medo do pesadelo – menos de sonhar.
Morava com a mãe e os irmãos. Conheceu o pai uma vez, porém ele fora embora quando Luna ainda era nova (como o astro) levando consigo a oportunidade de um amor que ela nunca soube o que era. A mãe trabalhava fora e era Luna quem cuidava da casa, dava banho nos irmãos, levava para a escola, fazia comida, varria, corrigia, brincava. Ficava dia após dia no que sobrou da casa destruída pela última chuva de granizo. Mesmo assim, ainda sonhava.
Ela descia do ônibus sorrindo e acenando, enquanto eu pensava nisso tudo e me perguntava: Porque precisa ser assim? Luna era como o astro: ali minguante; poucas vezes crescente; sempre nova; (tomara) mas talvez nunca lhe dêem a chance de ser cheia.
Postado por Unknown às 20:47 | Sessões: textos | 3 comentários | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook | |