Gabriel Araujo
E agora que tudo acabou? E agora que não vejo saída? E agora que as portas estão fechadas, cerradas, lacradas? Que tudo que eu tinha saiu de mim? Todo o chão debaixo dos meus pés se retirou e só restou o vazio? E agora que não posso mais sonhar? Que os sonhos me foram arrancados quando estavam a centímetros das minhas mãos? A esperança se esvaiu com o fundo rachado da emoção?
Por agora abrir as janelas. Por agora saber mais de mim e não saber de ninguém. Por agora extravasar as lágrimas que me obstruem a garganta. Por agora hora de gritar o grito que nunca foi ouvido. Ter coragem para enfrentar os fantasmas que me assombram. Me agarrar àquilo de bom em mim e comigo. Por agora sair dessa e enfrentar de cabeça erguida o desafio, o frio. O frio que entra pela janela aberta.
De agora em diante tudo fica mais claro. E o sorriso já não é mais raro. E de agora em diante posso sentir de novo a brisa no meu rosto. A liberdade no meu gosto. E de agora espero, quero. Recupero o que estava perdido e encontro o novo que já estava escondido. Em diante a verdade. E a vontade de ser aquilo que puder. E como posso; tudo posso. De agora em diante, entre e fique a vontade. E mesmo se as marcas, sonhar, viver.
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Entre agora(s)
27 de junho de 2007
Postado por Unknown às 11:52 | Sessões: textos | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook | |
Conselho?
Griteeeeeeeee!
O mais alto que puder. E quando perceber que toda a reprimida angústia se foi, não perca tempo: sonhe e viva! Sinta o frescor de sua liberdade.
Como já dizia Fernando Pessoa:
"Quer pouco: terás tudo.
Quer nada: serás livre"
(( viajei Gabriel, rs... mas adorei o texto! ))
Bjs ; )
Gabriel, tem post para vc lá no meu blog. www.dtdnews.blogspot.com